Palestra introdutória do Dr. Claudio Naranjo, médico psiquiatra, escritor, um dos sucessores de Fritz Perls na Gestalt Terapia e candidato a Prêmio Nobel da Paz este ano, além de instrutor dos programas de formação que realizei, no Congresso Internacional de Gestalt Terapia, no Rio de Janeiro, 2015.

Alguns trechos:

— “A tônica é a recuperação da integridade, por isso se diz uma forma holística. Holístico é reintegrar as partes alienadas à mente, ou reprimidas de nós”.

— “Nossa época, de transição, é uma época da crise da hiper-tecnologia. Temos um grande progresso tecnológico e todo mundo está de acordo que temos uma grande deterioração ética. Que o progresso da mente astuta não vai junto com o progresso da mente sábia“.

— “A Gestalt é uma forma de transformar a mente ordinária em uma mente completa. A Gestalt tem uma intuição da completude. Um pensamento holístico, que compreende as coisas como gestalt, que compreende as coisas como conjunto. E o pensamento intuitivo, o pensamento não-racional, o cérebro esquerdo.”

— “Isso é sempre dito na terapia: o prognóstico do paciente depende da sua consciência da enfermidade“.

—  “O que Freud chamava neurose universal, aqui em Brasil o Pierre Weil, o criador da Universidade da Paz, chamava normose. Não é neurose, neurose é aqueles que sofrem por sua incompletude, que sofrem de sua desagregação interior, que sofrem da perda de unidade, da perda do eu que é resultado da perda da unidade. A maior parte das pessoas estão suficientemente inconscientes para não sofrer, para não perceber que estão empobrecidas, que estão limitadas.”

— “Então a função da Gestalt em nosso tempo desumanizado, fragmentado, é que o sentido do humano mesmo, e que não se aprecia plenamente, é conservar a chamada mente completa. O mundo sufi tem esse conceito, o homem completo, a pessoa completa. Mas independentemente, Maslow, o criador e voz principal da Psicologia Humanista, recupera esse conceito: full humanness. A completa condição humana.”

Abaixo está o vídeo (33min):