O conceito de Holismo apareceu como termo com Jan Christian Smuts (1870-1950) em 1926, no livro “Holism and Evolution” (Holismo e Evolução), onde ele critica as limitações da ciência ao manter separados “mente, vida e corpo“, e propõe uma visão em que o universo evolui através da constante formação de “todos”, de sistemas, onde esses todos são maiores e diferentes de suas partes constitutivas. Assim, um ser humano é diferente da soma de suas partes, um órgão é diferente da soma de seus átomos, um grupo é diferente da soma de seus integrantes. Esses todos também seriam, segundo Smuts, cada vez mais amplos e mais complexos, e compreenderiam inclusive a existência da personalidade no ser humano.
Esse livro de Jan Smuts teve grande influência no trabalho de Fritz Perls (1893-1970), um dos fundadores da Gestalt Terapia e da abordagem com que trabalhamos na Hridaya.
Um trecho sobre a essência do Holismo, nas palavras do próprio Smuts:
“Comparado às suas partes, o todo constituído por elas é algo bem diferente, algo criativamente novo, como temos visto. A evolução criativa sintetiza das partes uma nova entidade não apenas diferente delas, mas que as transcende. Esta é a essência de um inteiro. É sempre transcendente às suas partes, e suas características não podem ser inferidas pelas características de suas partes.”
(Jan Christian Smuts, em “Holism and Evolution”)
A idéia e a observação do todo como algo maior do que seus elementos constitutivos, no entanto, é muito anterior. O filósofo grego Aristóteles (384-322 AC) já teria concluído, em uma de suas investigações, que “o todo está além das suas partes“.