Três perguntas importantes respondidas pelo mestre, professor e médico psiquiatra chileno Claudio Naranjo, um dos precursores da Gestalt Terapia e da Psicologia dos Eneatipos, fundador da Escola SAT, e um dos patronos centrais da abordagem terapêutica usada na Hridaya Terapia — que inclui também a meditação. As perguntas foram selecionadas de uma entrevista recente de Claudio à revista feminina chilena Paula, intitulada “Como Chegamos ao Amor” (Como Llegamos al Amor, 25/04/14)

Pergunta: O que se ganha conhecendo a si mesmo?
CLAUDIO NARANJO: Conhecer a si mesmo é conhecer o falso ser, esse idiota que levamos dentro de nós que constantemente nos faz sofrer. Quando alguém o vê, está começando a fazer-se sábio. O auto-conhecimento é duro mas é importante saber o que se experimenta, ter consciência do que se sente. É curador tomar consciência da agressividade inconsciente, da dor inconsciente, do medo inconsciente. Para curar o ódio, que é uma praga generalizada, inseparável do hiper desejo, da ganância, da necessidade neurótica de mais, é necessário a aceitação sincera desses sentimentos em si mesmo.

 

P: Além da psicoterapia, recomendas a meditação? 
CLAUDIO: Os ensinamentos espirituais de todas as culturas nos dizem que somente quando a mente se aquieta pode refletir algo que está além dela. Se silenciamos nossas vozes pequenas, pode-se ouvir uma voz que está em outro nível, que nos levará ao caminho correto. Essa é a voz da consciência, do ser, a parte da mente que dá sentido à vida.

 

O que seria estar são para você?
CLAUDIO: Sentir o bem-estar de ser.

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