Todos nós temos crises.
Faz parte da vida humana.
Mas há um tipo de crise que é muita rica de ser atravessada, que é a crise em que descobrimos que nosso sofrimento não é realmente genuíno. Porque os problemas pelos quais estamos atravessando, no fundo, não nos tocam de verdade. Eles podem ser, por exemplo, problemas de nossa tentativa de se adequar ao mundo, tentativa de ganhar um salário maior, de sermos bem falados, de sermos mais bonitos, de ficarmos mais seguros, de sermos considerados X ou Y ou Z. Só que, em realidade, nada disso nos interessa realmente. Não queremos aquele cargo. Não queremos ser constantemente bem falados. Não precisamos ficar tão seguros. Meu rosto está ótimo, realmente não há necessidade de um procedimento assim ou assado.
A sugestão terapêutica então é:
Sempre que apertar o peito, que a crise chegar, que sentir a tensão no corpo,
pergunte-se: essa crise é realmente minha ou é de outro? (ou da sociedade)
Então faça uma reflexão profunda, com percepção clara e honestidade íntima.
E talvez essa crise lhe leve a um belo desfecho, mais próximo de si mesmo.
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